domingo, 23 de outubro de 2011

Origem dos nomes dos Estados Brasileiros da Região Norte


 
 
ESTADOS BRASILEIROS - REGIÃO NORTE
Origem dos nomes

AMAZONAS - Quando em 1541 o espanhol Francisco Orellana explorava a região, sua expedição foi atacada por uma tribo indígena cujos guerreiros eram mulheres. Como os exploradores compararam essas índias às destemidas amazonas das lendas gregas, passaram a identificar por esse nome o rio em que navegavam, o que posteriormente foi transmitido à região, e depois ao Estado.

ACRE - Acredita-se que o nome tenha vindo de aquiri, modo errado de falar a palavra indígena uwákuru (rio verde), do dialeto Ipurinã, tribo que habitava a bacia do rio Purus, e com a qual os nativos denominavam um outro curso d’água da mesma região. Uma das versões registradas pela história é a de que o colonizador João Gabriel de Carvalho Melo em 1878, fez por escrito um pedido de mercadorias a determinado comerciante paraense de mercadorias, anotando como local de entrega a "boca do rio Aquiri". Só que o negociante não entendeu a letra de Melo, que parecia ter escrito algo como "acri" ou "agri", e as compras foram encaminhadas ao colonizador com o destino "rio acre".

AMAPÁ - A palavra Amapá é de origem indígena e vem da nação nuaruaque, ou aruaque - pertencente à mais extensa das famílias lingüísticas da América do Sul -, que habitava a região norte do Brasil ao tempo do seu descobrimento. Ela identifica uma arvore da família das Apocináceas, produtora de um fruto saboroso em formato de maçã, de cor roxa, que serve muitas vezes como parte da farmacopéia do mundo amazônico. De sua casca também se extrai um leite de aplicação no tratamento da asma, bronquite e afecções pulmonares.

PARÁ - A origem do nome Pará vem do termo Pa’ra, que significa rio-mar na língua indígena tupi-guarani. Era dessa forma que os índios denominavam o braço direito do rio Amazonas, engrossado com as águas do rio Tocantins, que o tornam tão vasto a ponto de não se poder ver a outra margem, mais parecendo um mar do que um rio. Ao chegarem à região, os portugueses deram primeiramente à nova terra o nome de Feliz Luzitânia, mais tarde substituído pelo de Grão-Pará (grande rio), para finalmente, se tornar apenas Pará.

RONDÔNIA - Formado por terras que antes pertenciam aos estados do Amazonas e Mato Grosso, o estado de Rondônia foi criado originalmente em 1943, como Território do Guaporé, nome do rio que é o marco divisório entre Brasil e Bolívia. A denominação atual foi dada em 17 de fevereiro de 1956, como homenagem ao grande sertanista marechal Cândido da Silva Rondon, desbravador dos sertões de Mato Grosso e da Amazônia. Em 1981, o Território de Rondônia passou a estado da federação.

RORAIMA - A origem do nome Roraima vem das palavras roro, rora, que no idioma indígena ianomâmi significa verde, mais ímã, que quer dizer serra, ou monte, for-mando, portanto, a expressão serra verde, que reflete o tipo de paisagem natural encontrada na região. O antigo território do Rio Branco foi transformado no atual estado de Roraima pelo artigo 14 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Brasileira, promulgada em 1988, sendo o período de 5 de outubro de 1988 a 31 de dezembro de 1990, considerado de transição do Território para o Estado. Roraima abriga parte da maior reserva indígena brasileira, a dos Ianomâmis (a outra fica no estado do Amazonas), com área maior que a do estado do Rio de Janeiro. e como ela é rica em ouro, pedras preciosas e minério, são comuns os conflitos com garimpeiros, aos quais os índios chamam de "comedores de terra".

TOCANTINS - O nome de um grupo indígena que teria habitado a região junto à foz do rio Tocantins. A palavra tupi significa "bico de tucano”. O estado foi criado por determinação da Constituição de 1988, a partir da divisão de Goiás em duas partes, mas a idéia de se constituir uma unidade autônoma na região data de 1821, quando Joaquim Teotônio Segurado chegou a proclamar um governo autônomo, logo reprimido. Na década de 1970 a proposta de formação do novo estado foi apresentada ao Congresso, chegou a ser aprovada em 1985, mas acabou vetada pelo então presidente da República, José Sarney.


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FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
Enviado por FERNANDO KITZINGER DANNEMANN em 10/06/2007
Reeditado em 12/12/2008
Código do texto: T521436

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