sábado, 18 de julho de 2009

Lingua popular de Macapá - AP

Aqui você vai encontrar algumas palavras e girias do Estado do Amapá, editadas por mim.

Murussutaca (suco da Murussutaca):

Bebida afrodiziaca desenvolvida pelo Macapaense Rº. Sérgio D. de Almeida, muito apresiada no extremo norte do Amapá.

Gengibirra:
Bebida alcoolica feita do gengibre e muito consumida em festas tradicionais e folclóricas de afro-descendentes.
Cuia:
Tigela feita do fruto da árvore nativa da amazônia de nome cuieira, utilizada para beber acaí e tacacá.
Cabuçu:
Homem do interior com pouca instrução e trejeitos esagerados.
Capivara:

Roedor nativo da floresta amazônica com carne saborosa e muito apreciado pelos interioranos. Tambem é uma expressão usada em garimpos para "apelidar" prostitutas e politicos.
M
atinta-perêra:
Mulher velha (assombração) que percorre distâncias à noite em pleno voo. Se afasta se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de fumo. De manhã ela vai buscar.
Cuíra:
Diz-se do individuo inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta a espera de alguma coisa que vai acontecer.
Titica:
Cipó muito usado para a fabricação de móveis. Chegou à beira da extinção.
Perau:
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não dá pé".
Timbó:
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água, e o veneno se espalha. Sem contrôle, mata toda a fauna marinha a sua volta, atuialmente é proíbido pelas altoridades.
Catinga:
Catinga é cheiro ruim.
Catinga de mulata:
Catinga de mulata é cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta.
Remanso:
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e as águas ficam mais calmas.
Bubuia:
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De bubuia, título de canção popular.
Piracema:
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova.
Pedra do rio (ou pedra do guindaste):
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia que chorava a perda do amado. É onde está a imagem de São José, na frente de Macapá.
Macapá:
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba:
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido com o o açai.
Curumim:
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos brancos em alguns lugares.
Jurupary:
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de frente, não volta para contar a história.
Yara:
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú:
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e outros animais.
Ilharga:
Perto ou em volta de alguma coisa.
Jacaré Açu:
Jacaré grande.
Jacaré Tinga:
Jacaré pequeno.
Panema:
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano:
Simplificação da expressão"ei seu mano",que é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra nas margens.
Caruana:
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas os homens e os animais.
Inhaca:
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher.
Tucuju:
Nação indígena que habitava a margem esquerda do rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria:
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo:
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo.
Boiúna:
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba:
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu:
Madeira preta, gente grossa mal educada.

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